sábado, 2 de outubro de 2010

etnografia aplicada


DEPERO 
Fortunato Depero ( 1892 - 1960)  pintor futurista , escritor, escultor e designer gráfico.
20071223-Bitter Campari (Jester lg), 1921       campari 1 

A relação entre publicidade, música, arquitetura e cinema: CUMPLICIDADE
Crescimento da dimensão fetichista - o corpo. Penetrar na proliferação dos fetichismos visuais contemporâneo é o desafio da clínica .

Obras em que a metrópole pulsa

Anihs-Kapoor
anish

Kapoor: "A dimensão de suas esculturas, explica, tem tudo a ver com os seus significados e nada com a tradição. “Democracia pede outro tipo de atitude, outro tipo de arte, não a dos heróis, dos grandes portais”, afirma.  “Trabalho o espaço, não como Brancusi (escultor italiano modernista) cujo espaço era a representação política do progresso do século 20, mas o espaço ligado ao momento íntimo do processo artístico”. (http://tinyurl.com/2g4x344)

 L Spuybroek



DtowerNOX

A torre-D interactiva colorida de vermelho indicando que o
 amor é a emoção mais intensamente experimentada nesse momento.
 Doetinchem, Holanda.


É uma sensibilidade nova.

Nam june paik
paik
TV Buddha (1974) Closed Circuit video installation with bronze sculpture

TV CelloTV cello

more the better
Quanto mais melhor, (1988) Três instalação de vídeo de canal com 1.003 monitores
 e estrutura de aço, cor, som, aprox. 60 m. de altura.


Public art - o público não é espectador

Eu crio um elemento temporário e a reação do público faz parte da obra. É performática.



Grafite
Um grupo de afroamericanos coloca  a própria  identidade mutante para transformar todo o tecido da metróple. Tinha a capacidade de comunicar a vida de um tipo de juventude que não era comunicado.
Um tipo de sensibilidade, de tendência que não era minoritária, uma minoria não minoritária, enfrentando alguns elementos da condição de juventude.
A experiência de uma metrópole q te coloca à margem - a marginalização vira a condição para criar um momento q não é marginal. A metrópole contemporânea mistura centro e periferia, é como mancha de leopardo, se movimenta, flutua. Os locais podem se transformar em periféricos e centrais.
Flutuação
Os grafiteiro iniciais não estão matando uma identidade mas criando uma nova identidade, um florecer de identidades. Um artista flutua em suas dentidades
Uma dimensão cultural mais aberta acontece em vários locais do mundo, não é apenas étnico, identitário.
A metrópole é produzida, uma produção q não é só material, é comunicacional, uma mistura de material e imaterial.

Street art 

Blu
 
Cria em fábricas desativadas (pode vir a ser fábrica de novo). Não é mais grafite, não utiliza apeans spray, utiliza a pintura digital. Temporária
O digital é temporário - desaparece.

COMBO a collaborative animation by Blu and David Ellis (2 times loop) from blu on Vimeo.

blu1
Como uma criança deformada - uma criança velha, que cresceu demais.

Metrópole  Comunicacional    Flutuação     Fluxo      Pulsação 

Sobre a experiência etnográfica 

A primeira experiência: conhecer a metrópole, escolher uma parte (área) q tenha a potencialidade metamórfica. Nosso olhar pode transformar, isto é uma sensibilidade q dá para aprender. Tb posso escrever sobre isto (sobre a experiência), não há uma única linguagem para expressar a experiêcia etnográfica.
Significa entender lugares metamórficos e interstícios = lugares q estão in between, pode ser temporário, onde alguma subjetivida está criando uma experiência. O interstício é onde se experimenta algumas coisas que tem uma amplitude de experiência. 
Entender onde fica o interstício. Recusar a experiência mainstream da contemporaneidade. É marginal mas não é zona de exclusão. Pode ser temporário. Raves são totalmente temporárias. Grupos minoritários como a juventude q criaram uma sensibilidade metropolitana.

É marginal mas não é zona de exclusão.
A pesquisa não reproduz a realidade.
Carpinteiro por profissão e artista nas horas vagas, Dalton Ghetti esculpe na ponta do lápis desenhos quase imperceptíveis e delicados, mas, com um significado imenso.

     dalton-ghetti-amazing-pencil-art-5_9Aavk_11446          dalton-ghetti-amazing-pencil-art-4_El99V_11446
       
 Sandrine Estrade Boulet
As coisas se transformam em outras coisas. Os artistas nos ensinam q cada elemento pode ser outro, nada é fixo.

carnac   sandrine
Polifônica e polissêmica .

Metrópole comunicacional    Flutuação     Fluxo      Pulsação 

Sobre o estupor

(Imagem – fotografia de uma mulher em estado de estupor diante de obra de Modigliani)
Modigliani - não utiliza a perspectiva, influência da pintura japonesa e arte africana.

A beleza do corpo humano provoca estupor no espectador. A corporalidade no estupor é baseada na porosidade, o corpo inteiro se abre para se penetrar, ser penetrado pela obra de arte. Um movimento em parte espontâneo, o estupor abre o corpo para o que é estranho, o q não pertence a sua própria visão.
O corpo é posicionado em relação ao que é estranho, ao que está fora, está fora da experiência do sujeito, este radicalmente outro, o sujeito se abre porque é posicionado sobre o desejo. Isto é desejar o desconhecido.
O preconceito acontece porque não se conhece o outro. No  estupor eu posiciono meu corpo em relação ao estranho como desejo -  é uma zona liminal (de limite), onde eu sou ainda o que fui, mas o q está acontecendo está me invadindo. A zona liminal é o momento mais delicado, o rito de iniciação de muitas culturas: uma parte da minha experiência é certa (conhecida por mim), mas estou virando outro.

A zona liminal é um espaço/tempo de suspensão.


Se tenho um desejo sobre o estranho, eu posso …
Um minuto depois acontece a mudança de identidade .
A obra de arte não permite q eu fique o mesmo, é um desafio que te leva além, um território desconhecido.
É perturbativa, te coloca em crise.

Observar como se fosse a primeira vez.

Estupor - eu me coloco na frente da obra como se fosse a primeira vez, restabelecer uma ligação liminal, solitário, na minha radical autonomia em frente de outra autonomia, a subjetividade da obra está na minha frente.
A arte não pode virar escola- um desafio dramático do artista que tem q ir além da obra criada. O mesmo acontece com o conhecimento:  uma grande verdade deve ser criticada.
Nada fica parado. A obra de arte modifica a identidade porque é incorporada.

Na minha absoluta solidão eu me coloco no estupor.


Cena  ( leitura da foto)  Dimensão metacomunnicacional
1 nível - tela
2 nível - mulher olhando - metacomunciação
3 nível o fotógrafo que parece fotografando a mulher meta /metacomunicação
4 nível o fotgrafo que fez a foto
5 nível - nós olhando a fotografia

Níveis diferenciados que se sobrepõem 
O fotógrafo (3 nível) é um ladrão de imagem - não está posicionado sobre o estupor.
Dimensão metacomunicacional:   comunica sobre oa comunicação, na metacomunciação eu posso dizer q Antonio é infeliz, mas meu gestual pode estar dizendo o contrário
Penetra no 1 nível e pode ampliá-lo. Estamos comunicando sobre um fotógrafo que fotografou um fotógrafo que está fotografando uma mulher que está olhando um quadro

Polissemia está baseada em que a minha interpretação não é a sua.

O grafite é solitário ou com poucas pessoas, o grafiteiro produz escutando música, é uma dança.
A arte temporária não tem mais a visão q a arte pode mudar o mundo. Tendência entrópica.

Conversação na sala sobre a exposição de grafites em galerias de arte:
Têm elementos piratas, de ladrões de grafites: um dono de galeria rouba um pedaço de grafite e coloca à venda na galeria.(é uma situação)
Há um lado de institucionalziação - toda a vanguarda quer destruir o museu. Significa q perdem sua força. Este tipo de mistura - alguém q cria uma coisa q é arte, mas não pode entrar em galeria de arte . O que é um grafite que está num museu?
O tipo de mudança da obra é linda. A obra depois de produzida é autônoma.
San Diego EUA - grafites q misturam de arte muralista mexicana, técnica afresco.

Aluno - O grafite na rua funciona como dispositivo na cidade.

O olhar da periferia é o olhar mais polifônico .

Public art, street art, arte metropolitana.

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